domingo, 30 de dezembro de 2012

Aquele sobre um poema de Ano Novo que diz tudo!

Oieee!!

Já nem vou mais comentar sobre minha constante ausência do blog, o que realmente me deixa triste!

Mas, como estamos prestes a mudar de ano, época de recomeços, resoluções e novas metas, uma das minhas resoluções será escrever mais! E, com isso, espero que escreva mais aqui :)

Eu gosto bastante dessa época porque, apesar de racionalmente as coisas não mudarem tanto (só um novo calendário, basicamente), sentimos que temos a chance de fazer as coisas de forma diferente. E essa certeza, ou esperança, é o que nos dá um gás para elaborarmos novos objetivos (começar aquela academia que nunca começamos - ou pagamos e não vamos -, ler todos os livros comprados, assistir todos os filmes e séries da lista, tentar ter um pouco mais de controle sobre coisas com as quais deveríamos nos preocupar e por aí vai... Ok, essas coisas fazem parte da minha lista, mas alguns itens dela podem servir para vocês ;)

Por achar essa uma época importante e cheia de significados, nunca me atrevi a escrever nada sobre, porque acredito que, quando vamos escrever algo, melhor escrever o sensacional, ou então deixar pra lá. Já que ainda não encontrei as minhas próprias palavras pra expressar o quanto esse momento é bacana e ao mesmo tempo tão dependente de nossas atitudes e ações para realmente fazê-lo diferente, me inspirei no comercial de final de ano do Bradesco. Mas não porque amo esse banco ou pra algum merchan - com certeza, não! - mas porque gostei do texto e descobri que faz parte de um poema genial do mais genial ainda Drummond.

Sendo assim, aqui vai o poema na íntegra e o comercial inspirador! ;)

Enjoy it e Feliz 2013, que já cochila dentro de nós! \o/

Abs,

Aline - Chica


RECEITA DE ANO NOVO

"Para você ganhar belíssimo Ano Novo 
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, 
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido 
(mal vivido talvez ou sem sentido) 
para você ganhar um ano 
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, 
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; 
novo 
até no coração das coisas menos percebidas 
(a começar pelo seu interior) 
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, 
mas com ele se come, se passeia, 
se ama, se compreende, se trabalha, 
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, 
não precisa expedir nem receber mensagens 
(planta recebe mensagens? 
passa telegramas?) 

Não precisa 
fazer lista de boas intenções 
para arquivá-las na gaveta. 
Não precisa chorar arrependido 
pelas besteiras consumadas 
nem parvamente acreditar 
que por decreto de esperança 
a partir de janeiro as coisas mudem 
e seja tudo claridade, recompensa, 
justiça entre os homens e as nações, 
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, 
direitos respeitados, começando 
pelo direito augusto de viver. 

Para ganhar um Ano Novo 
que mereça este nome, 
você, meu caro, tem de merecê-lo, 
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, 
mas tente, experimente, consciente. 
É dentro de você que o Ano Novo 
cochila e espera desde sempre."