domingo, 26 de junho de 2011

Aquele sobre o filme X-Men - First Class

Aeeee!


Pra quem pensou que só apareceria hoje para um post, enganou-se! Hehehe

Estou aqui agora para falar de coisas menos profundas, mas, nem por isso, menos interessantes!

Pra você que, como eu, começou a acompanhar X-Men após a exibição do desenho X-Men Evolution (apelidado carinhosamente por mim e minha amiga Talita de "versão Crepusculada" de X-Men) no SBT porque até então, não conseguia entender nada deste universo mutante, junte-se a mim na adoração deste novo filme da franquia!

X-Men Evolution: versão Crepusculada
Mesmo para quem já acompanhava seriamente através dos gibis e dos desenhos mais antigos (e talvez possa opinar com mais propriedade sobre o que está certo ou não no filme), pode juntar-se a mim e às milhares de pessoas que, com certeza, acharam esse novo filme sensacional!


Conhecer o início da história de nossos queridos personagens Professor Xavier e Magneto foi muito legal! O melhor ainda é ter uma expectativa altíssima sobre o filme e vê-la sendo totalmente correspondida! 


Acompanhar o recrutamento dos primeiros mutantes X-Men ou saber como o Cérebro foi criado, a história da Mística, do Fera e de todas as motivações do Magneto foi indescritível! E ainda, confirmar o que eu já sabia: o Professor Xavier, ou Charles Xavier neste filme é muito, mas muito f*&$ desde o início dos X-Men!


Claro, às vezes, um tanto ingênuo em relação aos humanos, mas ainda assim um cara para ser admirado, sendo você um mutante ou não! Hehehe.


É um dos filmes que com certeza assistirei mais uma dezena de vezes! De verdade, o melhor filme dos X-Men até aqui! 

Enfim, conterei-me quanto aos spoilers, mas #ficaadica para assistí-lo e curtir cada minuto desse filme sensacional! A dúvida final mesmo, para mim, sempre é: qual mutante tem o poder mais legal e qual eu gostaria de ser? Quem sabe um dia eu me decida... enquanto isso, para quem não viu, segue o trailer do filme (que não chega nem aos pés do filme mesmo!).


Enjoy it!


Abs, 


Aline - Chica



Aquele sobre os gauleses e romanos

Oieee, gente!


Bom, nem vou começar falando que faz séculos que não apareço aqui, porque isso já está ficando chato e tremendamente enfadonho.


Para me redimir, digo que ultimamente as coisas têm estado super corridas... por excelentes e nem tão legais motivos, mas tenho tido realmente menos tempo para me dedicar ao meu querido blog. Apesar de adorá-lo! E a vocês, que me lêem também, claro!


Neste post quero falar da minha mais recente e única grande viagem! Sim, finalmente, após 2 meses do meu retorno, resolvi encarar a tarefa de escrever sobre as férias mais animais da minha vida! E, claro, comentar um pouco sobre a depressão após elas... mas isso é outro assunto! 


Enfim, para quem me conhece, sabe que meu grande sonho sempre foi ir à Paris. Daí, meu querido leitor diz: "Mas esse é o sonho de muita gente!". Ao que eu respondo, sim! É mesmo! Só que eu achei que demoraria muitooo para conseguir realizá-lo (viagem cara, passagem cara, não falo francês e etc). 


Mas, eis que no início deste ano eu mudei de área na empresa em que trabalho e lá conheci uma amiga muitooo especial: Kátia (sim, homenagem a ela!) que tinha "ganhado" uma passagem para Paris (aqui cabe um mega parênteses! Não sei se recordam, mas no ano passado a Citroen estava com uma promoção: quem comprasse um carro, ganhava uma passagem para Paris. Simples assim! E foi aí que a Kátia entrou!), entretanto, não a utilizaria.
Para relembrar a promoção


Fiquei chocada: "Como assim, você não vai usar?", ao que ela me confirmou explicando toda a situação, que fazia todo o sentido, mas não cabe aqui rs.


Por alguns dias fiquei encafifada com aquela passagem "sem dono", aguardando ansiosamente para ser utilizada assim como eu aguardando ansiosamente para conhecer Paris. Estava decidindo entre uma pós-graduação e a viagem dos meus sonhos... Tá, para alguns seria fácil pensar "Ah, estudar mais ou fazer a viagem dos seus sonhos? Óbvio que farei a viagem dos meus sonhos!". Mas num mundo em que a minha mamãe existe, fica mais difícil ter estes rompantes de desconexão com o mundo real e me entregar aos sonhos. Não que minha mãe fosse contra, mas ela valorizava muito mais uma pós do que a viagem.


Apesar disso, finalmente decidi: "Vou falar com a Kátia e, se der tudo certo, vou, sim, viajar!".


E deu certo!!!!! Simmm!!! Ela passou a passagem para o meu nome e, antes que as pessoas pensem que simplesmente a ganhei, deixo claro que não! A Kátia foi mega legal e me fez um preço camarada, mas, sim, eu paguei a ela, claro!


E foi assim que iniciei o planejamento da minha viagem... com somente um mês de antecedência (na verdade nem isso). Não tinha passaporte, não fazia ideia se precisava de visto, onde ficaria, nem nada. Mas tinha certeza de que iria à Paris!! Uhuuuuuu!!


Então, comecei a pesquisar tudo: hostels, hotéis, pontos turísticos, como me locomover lá, etc. Até que me ocorreu: Já que vou para a Europa porque não aproveitar e conhecer algum outro lugar também? E aí veio a dúvida: qual lugar?


Lá fui eu conversar com várias pessoas até me deparar com uma conversa com minha (carinhosamente apelidada) irmã mais velha Leilane. E ela me disse: "Porque você não vai pra Roma?". 


Naquele momento foi como se milhões de sinos tocassem dentro de mim: "Claro, como não pensei nisso antes???". Sim, Roma! A cidade sede de um dos maiores impérios da humanidade! Praticamente o berço da civilização ocidental e onde poderia encontrar ruínas de mais de 2 mil anos atrás! Em outras palavras: ANIMAL!!!


Depois, foi só correr atrás de tudo até o grande dia: 11/04/2011. 


Vale lembrar que, até então, nunca tinha andado de avião e o lugar mais longe de casa pra onde fui tinha sido Assis (interior de São Paulo, 6 horas de ônibus, 434km de São Paulo). Ou seja, ia ser tudo ANIMAL do começo ao fim!


E foi, de verdade foi!!!


Despedir-me da minha família (meu irmão e minha mãe que foram me levar no aeroporto e meu pai por telefone) foi difícil! Entre soluços e abraços, fui para a área de embarque finalmente com a ficha que caiu: "Agora estou por conta própria!". Sim, não sei se deixei claro, mas fui viajar SOZINHA!


Aqui vale um parênteses: enquanto estava organizando tudo para a viagem, as pessoas me perguntavam: "Nossa, você vai sozinha mesmo? Que coragem!" ao que eu respondia tranquilamente: "Ah, vou sim!". Mas quando entrei na fila para a área de embarque sem ninguém e sabendo que só veria um rosto conhecido de novo em 22/04/2011 bateu um medinho, admito. Mas, posso falar, logo passou e eu curti muito essa experiência.


Enfim, parênteses fechados, sigamos em frente! Peguei o avião (e adorei voar), vi uns filmes, fiz uma amizade com minha companheira ao lado e, finalmente, desci no aeroporto Charles de Gaulle (gigaaaante, por sinal!). Peguei o trem + metrô e desci em Montmartre: o bairro do hostel em que eu fiquei.


Fiz o check-in, deixei minhas coisas, avisei minha mãe, meu irmão e meu pai e parti para a Torre Eiffel (afinal, como saber se estou mesmo em Paris sem vê-la?) e a encontrei após muito andar.


Hostel em Paris
Paris é uma cidade linda! Fui no começo de Abril, então peguei o começo da primavera e um friozinho suportável. Você pode ir para todos os lugares de metrô ou trem e em toda esquina tem uma pracinha que as pessoas (para meu positivo espanto) realmente utilizam! E os cafés? Bom, quem me conhece sabe que não curto tomar café, mas observei váááários no meu caminho todos os dias! Só não parei porque a vontade de conhecer as coisas era maior do que eu! E o mais legal sobre os cafés: as mesinhas e cadeiras são sempre viradas para a rua! É, literalmente, para você sentar e ver a vida passar! Mas não sem aproveitá-la bem, claro!


Pra ser bem sincera, como estava sozinha, nem saia a noite. Até porque, o dia demorava a escurecer, então até as 20hs tinha sol lá. O que era perfeito! Acordava cedinho e chegava no hostel por volta das 22hs! E eu andei, viu! Uma das coisas que aprendi: com o estímulo certo sou capaz de andar quilômetros e nem me importar! Meu pé ficou com uma nova crosta de pele (tá, sei que não é muito agradável falar, mas só pra provar o quanto andei) de tanto que andei e minhas costas nem aguentavam mais o peso da minha mochila! 


Ah, e o meu melhor amigo? Meu guia, claro! Em todas as fotos em que apareço ele está lá comigo e não o largava por nada! Pontos turísticos, passes do metrô, mapa das linhas de trem e metrô: tudo estava nele! Meu bom companheiro de passeios! 


Olha o meu guia ai!
Fiquei de 12/04 a 17/04 (de manhã) em Paris. Meus olhos se encheram de lágrimas ao deixar meu hostel. De verdade, foi bem triste! Eu já pensava no hostel como "minha casa". 


E aí, foi  vez de Roma...


Sabe aquele lugar com o qual você se identifica de cara? Que tem lugares tão animais que você ficaria por horas ali?


Foi assim que me senti em Roma! Os italianos são mais calorosos, se parecem mais com a gente! E a cidade, pra mim, é meio caótica, como São Paulo, mas respira e transpira a História! Não que São Paulo também não tenha, mas, veja bem, em Roma as coisas datam de antes de Cristo... acho que não preciso falar muito mais!


Qual não foi meu espanto quando, logo no caminho do aeroporto à principal estação de trem e metrô surge o imponente Coliseu, bem do meu lado? Grudei na janela do ônibus e comecei a tirar fotos loucamente! E entrar no Coliseu? Sempre imaginei isso e é, de verdade, uma emoção sensacional! Visitar um lugar com tanta história e sentir sua atmosfera é indescritível! Imaginar os romanos torcendo por seu gladiador preferido bem ali e se imaginar como um deles foi SENSACIONAL!


Eu, a multidão e o Coliseu!
Caminhar pelas ruínas do Fórum Romano foi quase irreal... entrar no Museu do Vaticano e, ao final, adentrar na Capela Sistina (e descobrir que podia fotografar tudo ainda!) foi ANIMAL! Pisar na Basílica de São Pedro e sentir o poder e a fé reunidos naquele lugar foi de arrepiar! Conhecer o Monte Palatino e o Circo Massimo, chegar na Piazza Navona, caminhar pelas ruas de Roma, entrar nas igrejas antigas, principalmente, o Pantheon foi de outro mundo! Sério, eu moraria em Roma fácil! 


Ruínas do Fórum Romano: SENSACIONAL!
Porém, como tudo que é bom dura pouco (ou é eterno enquanto dura, já dizia o poeta) chegou o triste dia de voltar. Tá, não que não estivesse com saudades de casa, da família ou dos amigos... mas podia levá-los todos para lá e estaria resolvido! 


Não me entendam mal! Adoro o Brasil, apesar de ainda nem conhecê-lo bem! Até sou um pouco patriota, mas é como eu disse: é um lugar no qual me sentia bem! 


Talvez tenha sido o fato de nunca ter viajado assim e nem tirado férias como essas antes, mas a verdade é que, finalmente, parece que encontrei o sentido da minha simples existência humana: viajar! Isso porque não fiquei muito tempo, não me aprofundei nos costumes das pessoas, mal sabia falar algumas palavras em francês ou italiano (aqui, agradeço imensamente às novelas da Globo que, querendo ou não, nos dão uma noção de vocabulário italiano: Madonna Mia!), mal parei para comer os pratos típicos... mas foi a experiência mais ANIMAL, SENSACIONAL e MARCANTE da minha vida!


Rio Tibre num dia lindo de sol
Isso porque ainda faltaram muitos lugares para conhecer. O que é ótimo, assim tenho todos os motivos para voltar! Hehehe.


Por tudo isso, hoje, posso dizer com toda a certeza: a melhor coisa a se fazer na vida é viajar! E é também o melhor investimento! Super recomendo a todos que já foram ou ainda não, fazer uma viagem assim! Seja no Brasil mesmo, que deve ser animal também, seja América do Sul, Central, Norte, Ásia, África, etc! Só digo uma coisa: vão! Porque vale MUITOOO  a pena!


Abs,


 Pronta para a próxima viagem! Hehehe




Aline - Chica, aquela que não será mais a mesma, estará sempre pensando na próxima viagem e, de vez em quando, suspirando de saudades da viagem...



domingo, 5 de junho de 2011

Aquele com o texto do Antonio Prata

Oiee, gente!


Aqui estou eu depois de séculos sem aparecer... na verdade tenho que admitir que fico ligeiramente decepcionada comigo mesma por ter deixado um pouco de lado meu blog. Principalmente com tantas coisas pra contar...


Falando nisso, estou aqui para homenagear meu ídolo nos textos em estilo de crônicas: Antonio Prata. Sim, ok, ele é filho do Mário Prata, aquele escritor de novelas da Globo... mas, além disso, é um dos melhores escritores que conheço!


O cara consegue escrever um mega texto legal sobre uma coisa simples a que assiste despreocupadamente na TV. 


Conheci ele através da revista Capricho (sim, eu lia a Capricho! Quem não lia quando era mais nova? E as derivadas: Atrevida, Todateen, etc? Que atire a primeira pedra quem não fazia isso...). na companhia da minha amiga Talita e, obviamente, a alegria era imensa ao me deparar sempre, ao final de cada edição, com um texto do Antonio Prata.


Obviamente podemos perceber a diferença entre os textos da Capricho com os textos que ele escreve hoje (http://antonioprata.folha.blog.uol.com.br/). Mas é sempre com a mesma leveza e conteúdo, portanto, agradeço imensamente por isso!


Completando a tietagem, essa minha mesma amiga Talita ainda me deu de presente de aniversário o novo livro dele: "Meio Intelectual, Meio de Esquerda" o qual estou adoraaando!


Por isso, segue um dos textos que mais curto dele (ainda não terminei de ler o livro, então com certeza surgirão outros). Esse texto me marcou muito porque é uma sensação que tive por volta dos 11 anos. E foi uma sensação muito forte, que nunca mais tive, mas me marcou. Qual não foi a surpresa ao me deparar com este texto dele descrevendo essa exata sensação? Sensacional!!!


Por isso, segue minha homenagem ao Antonio Prata! Valeu por me inspirar e ser um escritor sensacional! 


Enjoy it!


"Os Outros"


"Você não acha estranho que existam os outros? Eu também não achava, até anteontem, quando tive o que, por falta de nome melhor, chamei de SCA: Súbita Consciência da Alteridade.


Estava no carro, esperando o farol abrir, e comecei a observar um pedestre, vindo pela calçada. Foi então que, do nada, senti o espasmo filosófico, a fisgada ontológica. Simplesmente entendi, naquele instante, que o pedestre era um outro: via o mundo por seus próprios olhos, sentia um gosto em sua boca, um peso sobre seus ombros, tinha antepassados, medo da morte e achava que as unhas dos pés dele eram absolutamente normais - estranhas eram as minhas e as suas, caro leitor, pois somos os outros da vida dele.


O farol abriu, o pedestre ficou para trás, mas eu não conseguia parar de pensar que ele agora estava no quarteirão de cima, aprisionado em seus pensamentos, embalado por sua pele, tão centro do Cosmos e da Criação quanto eu, você e sua tia-avó.


Sei que o que estou dizendo é de uma obviedade tacanha, mas não são essas as mais difíceis de enxergar? A morte, por exemplo. Você sabe, racionalmente, que um dia vai morrer. Mas, cá entre nós: você acredita mesmo que isso seja possível? Claro que não! Afinal, você é você! Se você acabar, acaba tudo e, convenhamos, isso não faz o menor sentido.


As formigas não são assim. Elas não sabem que existem. E, se alguma consciência elas têm, é de que não são o centro nem do próprio formigueiro. Vi um documentário, ontem de noite. Diante de um riacho, algumas saúvas africanas se metiam na água e formavam uma ponte, com seus próprios corpos, para que as outras passassem. Morriam afogadas, para que o formigueiro sobrevivesse.


Não, nenhuma compaixão cristã brotou em mim naquele momento, nenhuma solidariedade pela formiga desconhecida. (Deus me livre, ser saúva africana!) O que senti foi uma imensa curiosidade de saber o que o pedestre estaria fazendo naquela hora. Estaria vendo o mesmo documentário? Dormindo? Desejando a mulher do próximo? Afinal, ele estava existindo, e continua existindo agora, assim como eu, você, o Bill Clinton, o Moraes Moreira. São sete bilhões de narradores em primeira pessoa, soltos por ai, crentes de que se Deus existe, é conosco que virá puxar papo, qualquer dia desses. Sete bilhões de mundinhos. Sete bilhões de chulés. Sete bilhões de irritações, sistemas digestivos, músicas chicletentas que não desgrudam da cabeça e a esperança de que, no mês que vem, ganharemos na loteria. Até a rainha da Inglaterra, agorinha mesmo, tá lá, minhocando as coisas dela, em inglês, por debaixo da coroa. Não é estranhíssimo?" - Texto de Antonio Prata publicado em "Meio Intelectual, Meio de Esquerda". Leia mais em http://antonioprata.folha.blog.uol.com.br/


Abs,


Aline - Chica